A França bate a Bélgica: supervalorização |
Galvão Bueno é
um velho conhecido dos brasileiros. Nem poderia ser diferente, depois de tantas
décadas narrando partidas de futebol, GPs de Fórmula 1, lutas do UFC e outros
esportes. No entanto, ele se notabilizou também por seu “dom” de querer ser
senhor da verdade, o que, invariavelmente, faz com que todas as pessoas que
entendem de esportes torçam o nariz para algumas de suas “pérolas”.
A mais recente
foi dita nesta terça, dia 10, após a partida em que a França derrotou a Bélgica
por 1 x 0 na semifinal da Copa do Mundo da Rússia. Imediatamente, Galvão
decretou: “Esta é a primeira vez em que
Brasil, Alemanha ou Argentina não chegam à final! É a terceira final da França
nas últimas seis Copas! Existe uma Nova Ordem no futebol mundial!”. E todos
que estão com ele são praticamente obrigados a comprar sua ideia! Pobre
Casagrande... Sem essa, Galvão. Não há qualquer “Nova Ordem” nisso. O Brasil só
não jogou a semifinal porque pecou nos detalhes, errou nas finalizações, não
conseguiu transformar as oportunidades em gols. E foram inúmeras. Menos,
Galvão.
Outra coisa
patética é querer transformar um jogador de futebol em Deus. Isso ficou claro
em relação ao Mbappé, da França. Somente porque ele fez dois gols na partida contra a Argentina,
em chutes simples, e deu um pique que gerou um pênalti ao ser derrubado, já foi
alçado ao nível extra-humano. Menos. Não jogou grande coisa contra o Uruguai e
nem contra a Bélgica. Ele é veloz. Ok. Mas velocidade está longe de ser
sinônimo de genialidade. Mas o pior foi assistir, a certa altura da transmissão, a um
quadro especial feito para Mbappé que o mostrou cometendo um erro, seguido da "pérola": “Isso
é para mostrar que às vezes ele é humano”. Atletas são humanos. Aliás, um
jogador de futebol está muito mais perto da “humanidade” do que um ginasta
olímpico. É por esse endeusamento de jogadores de futebol que muitos acabam se
achando realmente deuses e usando máscaras. Menos, pessoal...
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